quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Novela "Viver a Vida". Um festival de traições.






A psiquiatra Carmita Abdo, professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, e coordenadora do Projeto Sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP, que fez a pesquisa sobre o comportamento sexual do brasileiro, em 2000 afirma que o relacionamento extraconjugal já foi incorporado pela cultura brasileira, mesmo que isso não seja o que as pessoas almejam", Segundo a médica apenas um em cada quatro brasileiros casados espera fidelidade do parceiro. Isso significa que 75% das pessoas comprometidas acreditam que, mais cedo ou mais tarde, podem ter de encarar a traição. Os dados são de uma pesquisa que ouviu mais de mil pessoas casadas (ou com parceiro fixo) no Brasil.

Uma pesquisa recente da Universidade Federal do Rio de Janeiro aponta que 60% dos homens confessam a traição contra 47% das mulheres. Esses dados são o resultado de um estudo que vem sendo feito desde 1989 por Mirian Goldenberg, professora do departamento de Antropologia Cultural do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais.

Para piorar a situação a Novela global "Viver a Vida" incentiva e promove um festival de traições. Na verdade, quase todos os seus personagens estão envolvidos em relacionamentos adulterinos onde a filosofia reinante é o hedonismo. Infelizmente em pleno horário nobre o que se vê na principal emissora de televisão do país é a ênfase em amores proíbidos e puladas de cerca onde que mais importa é a satisafação e o prazer pessoal.

Caro leitor, o adultério sempre foi e sempre será fonte de marcas, mágoas, dores e desgraças. A separação e falência conjugal são hoje uma gravíssima epidemia que tem vitimado milhões de pessoas em toda planeta. Isto posto, tenho plena convicção que como crentes em Jesus não nos é possível tratarmos com naturalidade comportamentos adulterinos. Antes pelo contrário, temos por dever confrontar de forma clara e objetiva este comportamento imoral. Além disso, cabe a nós chorarmos diante do Senhor, pedindo perdão pelos pecados de uma nação que teima em desrespeitar os valores da decência e moralidade.

Pense nisso!

Não é fácil perdoar



Como é difícil para o cristão de hoje perdoar. Não conseguimos sequer perdoar o irmão que pecou contra si mesmo, quanto mais se o pecado dele nos afetar diretamente. Quantos são desprezados dentro de nossas igrejas por haverem caído, por errar o alvo, sem chance de se levantar, a não ser sozinhos.

Inconscientemente achamos que seremos culpados de cumplicidade com o pecado caso sejamos suporte para um irmão pecador e, na prática, é isso que o restante da igreja pensa. Usamos todo o tipo de desculpa para não perdoar ou então perdoamos submetendo à pessoa a todo tipo de regra e condição para receber tão esperado perdão. Criamos até mesmo um chavão para perdoar: “Você está perdoado, mas as coisas nunca mais serão como antes...”.

Pobre de nós, infelizes pecadores. Mal sabemos que poderemos ser os próximos a sofrer esse desprezo. Não percebemos que poderemos estar perto da mesma queda, e se isso acontecer estaremos também sozinhos, presos pelo arrependimento, mas sem a chave do perdão para nos livrar.

Todos nós conhecemos alguns exemplos de perdão como os do vídeo acima, narrados na música do grupo Ao Cubo ou encarnado no exemplo de vida dos pais do menino Ives, modelos radicais como estes, porém, em sua maioria são vividos por pessoas que não professam ser discípulos de Cristo. Que vergonha! Até mesmo os gentis são capazes de perdoar, mas nós, filhos de Deus, perdoados e salvos por Cristo, relutamos em perdoar até mesmo a menor das ofensas...

Só existe um modelo para o perdão, o modelo de Cristo, e só existe um motivo para o cristão não perdoar seu irmão: não ser Cristão.

Jesus e a monstruosidade do vazio

















“Está em mim a minha ajuda, agora que me desamparou todo o auxílio eficaz?” (Jó 6.13)

Certo homem, numa manhã ensolarada, acendeu uma lamparina e foi para o mercado central de sua cidade gritando alucinadamente: “Procuro Deus, procuro Deus!” O que leva um homem a tomar tal atitude? Estamos vivendo a “era do vazio”. Cada vez mais os homens procuram meios para preencher o vazio de suas almas. Se o século XX foi considerado “a era da ansiedade”, o século XXI já nasceu sob o estigma de “era do vazio”.

O vazio assusta. Com um humor irônico, uma das famosas “Leis de Murphy” diz que “sempre que houver uma superfície vazia, alguém vai achar alguma coisa para colocar em cima”. O vazio incomoda. Esse sentimento estranho de que a vida está acinzentada, de que o céu perdeu o encanto, de que as estrelas perderam a graça faz com que a humanidade viva um dilúvio de dramas, depressões e loucuras.

Pessoas que, ao chegarem em casa ligam, ao mesmo tempo, a televisão, o aparelho de som e todo tipo de parafernália sonora, tudo com o único objetivo de fugirem da solidão, do vazio, do encontro pessoal. O vazio tem o estranho talento de puxar as cartas e derrubar nossos castelos. É o espelho estilhaçado da alma. Em sua vitrine, os produtos não seduzem, a beleza é inútil, o rosto passa a ser ignorado. Quando atravessamos sua ponte frágil, a vida parece perder o sentido.

Nietzsche, o filósofo alemão, em seu leito de morte, bradou: “Chamem uma multidão de pessoas porque o silêncio dói”. O incrível do vazio é que ele é aliado da totalidade, vaza para todas as áreas, como uma enchente feita do nada, uma tempestade de sombras que projetam a dor e o acaso. Nossa esperança está no fato de que Cristo enfrentou a face deformada do vazio e nos ofereceu a nova vida, plena, em seu abraço.

Na cruz, Jesus muda a essência da dor humana, absorve toda a potência que a monstruosidade do vazio podia apresentar e abre as portas do consolo e do carinho. Não existe um vazio capaz de engolir o coração de Cristo, portanto, o coração de Jesus é o lugar da vida, do alívio e da esperança. O próprio Jesus, conhecendo a turbulência que existe em nossa interioridade, disse: “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas” (Mt. 11.29).

O vazio pode assustar, amedrontar e incomodar, mas termina quando a presença de Deus preenche as fontes da nossa existência. Nenhum vazio pode destruir a alegria da graça de Deus! Jesus é Deus preenchendo de conteúdo nossa insignificância. É o Tudo no nada!

POR QUE?

Até quando, Senhor, clamarei eu, e Tu não me escutarás? gritar-Te-ei: Violência! e não salvarás? Por que me mostras a iniqüidade, e me fazes ver a opressão? Hab. 1:2 e 3.
Minha mãe costumava dizer que, quando eu era criança, quase a deixava louca, perguntando: "Por quê?" Nem bem acabava ela de responder, e vinha eu de novo: "Mas por quê?"

As crianças não são as únicas que ficam perguntando Por Quê? Os adultos também perguntam. O profeta Habacuque, autor de nosso verso, foi um deles. Muitas pessoas lêem seu pequeno livro e deixam de entender-lhe a grande mensagem. Seu tema central é a pergunta Por Quê?

Habacuque viveu num tempo de apostasia. Ao investigar a condição espiritual de seu povo, ficou perplexo e quis saber por que Deus havia permitido que permanecessem impunes.

Não demorou muito para que obtivesse a resposta. "O Senhor respondeu: 'Prestem atenção e ficarão de boca aberta! Vocês ficarão espantados com o que Eu vou fazer muito em breve! Ainda enquanto estiverem vivos, Eu farei uma coisa que vocês terão de ver para crer'." Hab. 1:5, A Bíblia Viva. Imagino que Habacuque se sentiu bastante aliviado ao saber que, por fim, Deus iria fazer algo em relação com a impiedade de Judá!

Quando o Senhor revelou o que tinha em mente, entretanto, Habacuque ficou mais perplexo ainda. Deus disse: "Eu estou preparando uma nova potência mundial, os caldeus, uma nação cruel e violenta que marchará pelo mundo e o conquistará." Verso 6, A Bíblia Viva. Deus iria usar uma nação ainda mais ímpia que Judá para castigar Seu povo! Por quê? Não é de admirar que Habacuque tenha ficado mais desconcertado ainda.

Deus nunca respondeu a todas as perguntas de Habacuque, mas o profeta finalmente entendeu que "O Senhor está em Seu santo templo". Deus estava no trono; Ele estava no controle da situação e, sendo que Ele estava controlando as coisas, Habacuque pôde dizer: "Cale-se diante dEle toda a terra." Verso 2:20. Saber que o Deus de infinito poder e sabedoria estava controlando todas as coisas era resposta suficiente.

Você alguma vez já perguntou "Por Quê?" sem obter uma resposta satisfatória? Lembre-se: "O Senhor está em Seu santo templo." Mesmo que as aparências digam o contrário, Deus está controlando tudo, e para você e para mim isso é resposta suficiente - por enquanto. As respostas completas e definitivas virão quando estivermos no Céu.